Fibromialgia

fIBROMIALGIA

“As pessoas não acreditam que tenho tanta dor”. Essa é uma queixa muito comum nos
pacientes com Fibromialgia.
A Fibromialgia tem uma fisiopatologia complexa que envolve uma sensibilização central aos
estímulos dolorosos. Ou seja, um estímulo periférico que normalmente não geraria dor, ou
geraria apenas um incômodo leve e transitório, desencadeia uma sensação de dor prolongada
e generalizada, um processo que chamamos de amplificação dolorosa.
É muito interessante entender que a Fibromialgia envolve principalmente três domínios: dor
generalizada, fadiga crônica e distúrbios do sono.
Costuma estar relacionada com distúrbios funcionais e psiquiátricos como síndrome do
intestino irritável, síndrome miofascial, distúrbios de humor, cefaleia crônica, dentre outros.
O diagnóstico é clínico, feito com base na história clínica e exame físico. Não há nenhum
exame complementar (de sangue ou imagem) confirmatório ou mandatório para o
diagnóstico.
Parte fundamental do tratamento são as mudanças de estilo de vida, principalmente higiene
do sono e atividade física. Do ponto de vista medicamentoso, é importantíssimo entender o
que incomoda mais o paciente: se dor, se fadiga, se alterações do sono ou distúrbios do
humor. Dessa forma, o tratamento é individualizado no intuito de encontrarmos o
medicamento que mais se adeque a cada um. Por vezes, o psiquiatra e o psicólogo são
também peças fundamentais nesse tratamento global do paciente. O paciente com
Fibromialgia pode sim (e deve) viver bem, mantendo a qualidade de vida com o tratamento
adequado.